A partir daqui a alimentação deste endereço está para ser a cada semana. Foram muitas as tentativas para fazê-lo renascer desde sua experimentação em 2004, e agora felizmente temos os elementos razoáveis para sua continuação. Uha!
Sejam saudados todos que em volta da mesma redoma cruzam-se afins, nesse momento de fazermos o contato sideral, cerebral, etc (e tal!)


paisagem encardida, A

estamos de volta outra vez ao mormaço brumoso da cidade, seu céu cinza e seu barulho infernal. lá embaixo as bestas automotivas aceleram durante o dia todo, e mais tarde, na madrugada, as escavadeiras rebentarão o asfalto para os reparos na pista e sinalização.
acordamos com o rosto inchado de uma noite mal dormida, precedida por uma discussão sobre futilidades, ingenuidades. na higiene matinal conseguimos até limpar os dentes e melhorar o aspecto geral, mas as marcas deixadas pela violência maliciosa das palavras não saem com a pasta da escovação, nem com água e sabão.
o dia se abriu, com o sol firme e intenso. sua força parece nos convidar para estarmos dispostos, prontos a encarar os desafios de hoje com coragem e resignação. se estamos atentos, podemos ler nos sinais da manhã, com uma certa habilidade, suas próprias determinações. às vezes, ela pode nos trazer a inspiração necessária para levarmos a bom termo o que apenas tí­nhamos antes em intenções.
vamos-nos! a hora nos chama para darmos resposta aos seus apelos. ao menos tentaremos realizar algumas tarefas usuais ou, que seja, uma boa ação. e se mesmo nada disso ainda acontecer, estaremos de volta mais tarde a nossas casas (se temos casa) para com o nosso instrumento compormos mais uma canção cheia de beleza e sonho, zelo e amor.
assim, cansados, recostaremos nossas cabeças para um breve repouso, enquanto esperamos o tempo de novo vir nos buscar para um recomeço, abrindo-nos outras chances e alternativas.

 

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