concerto-recital ALMA de POETA
O cantor/compositor Esso apresentou O disco reúne a música de Esso a textos de vários autores potiguares, caracterizando-se como um documento de registro duma pequena parcela do que atualmente vem sendo produzido pela artes musical e da literatura potiguares. Com a capa assinada por Joca Soares, um compositor das artes plásticas, o cd acaba mapeando uma geração de artistas que estão vivos e atuantes movendo-se dentro da cultura local, assinalando assim a existência de uma cena musical e poética rica e diversificada, incluindo nomes como Civone, Alex Nascimento, Franklin Mário, Fátima Oliveira, Iracema Macedo e Ivanilton Ramos, entre outros. A atividade celebra a importância e o significado do papel do poeta na sociedade, e é resultado do Prêmio Produção do Projeto Pixinguinha, viabilizado através de edital público da Funarte (Ministério da Cultura), concedido a Esso em 2008. A idealização e produção de todo o processo vem sendo realizada através da FEL Prod. de Arte, concebida por ele próprio para viabilizar sua profissionalização dentro do segmento em que atua, colocando-o como um artista perfilado e atento ao presente, procurando se mover dentro dos novos modelos que estão surgindo relacionados com a veiculação e circulação de música no Brasil. No palco, para compor o repertório, além de algumas canções constantes do cd, outras inéditas para os textos ‘Feira dos Carrascos’ (Esso A.), ‘Tão Longa a Eternidade’ (Alphonsus de Guimaraens Filho) e ‘O Bicho’ (Manuel Bandeira) – que ficou fora do disco por questões de direito autoral. Além das parcerias com Samir Bilro, em ‘Perto Demais do Fogo’, ‘Humanóide’, e a intimista ‘Paz Completa’. Acompanhado à guitarra pelo mesmo Samir, Maguinho (baixo) e Jackson Silva (bateria), Esso conta ainda com a presença do próprio pai na sanfona em ‘Farra Sertaneja’, no encerramento do show. Além da participação especialíssima de Lula Alencar, também presente nos arranjos e gravações de estúdio. Jorge Negão também foi convidado para fazer soar o tambor em ‘Sambinha de Uma Noite Só’. Enfim ... “Não foi fácil mesmo montar esse show, tão múltiplo, variado, cheio de referências às minhas raízes, procurando também me manter atento ao presente, como ele é agora. Felizmente estou cercado de músicos incríveis, capazes de transcender o som para apontar na direção de outras linguagens como a poesia, a filosofia, o audiovisual etc. Só assim pude me lançar a essa aventura performática onde me envolvo a outros vários formatos, interagindo com mais artes. O Wal por exemplo, mexe com recortes sonoros eletrônicos que misturam sonoplastia a outros recursos rítmicos utilizados em cena pela atriz Bárbara Cristina e o poeta Marcos Cavalcanti, além de fornecer ao espectador outras informações multimídia com a projeção de imagens no telão”, diz Esso. A abertura dos shows ficou a cargo de D. Edite do Pium, uma nativa de 60 anos que começou a compor e cantar recentemente, e vem encantando com sua simplicidade o público, a partir de seu cd demo ‘Zu Zun Zum’, onde conta em poesia recitada e músicas cantadas a sua origem e a do seu lugar.
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DISCOL
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