Cooperativa de Música para o RN

logo RPM (Daniel Campos)


A recém-nascida Rede Potiguar de Música ainda está nos cueiros.
Iniciou sua formatação no início do ano passado e só agora em maio fez o primeiro aniversário de quando foi apresentada para a cidade, mostrando a cara para dentro de sua própria segmentação e além dela, procurando romper com o rótulo de que entre artistas natalenses a união de ideais e a concretização de parcerias seja algo absolutamente impossível.

De fato, fácil né não.
Mas, com muito trabalho,
estamos aos poucos subvertendo essa crendice.
Apesar da aparente inércia, a RPM (Rede Potiguar de Música) vem procurando se mover no sentido de dar novos passos, cada vez mais firmes, para assumir seu papel e as consequências e os desafios de mobilizar o setor no RN.

Nesse processo, é preciso respeitar o ritmo natural dos eventos, que às vezes podem soprar em direções meio adversas, levando nosso destino para roteiros tempestuosos, rios barrentos, córregos delirantes. Porém, também devemos estar atentos ao entorno dos acontecimentos, os mais próximos e até os mais distantes. É preciso estar ligado além dos cabos que nos conectam nos nossos ensaios, demonstrando algum engajamento e dizendo não à alienação conivente, em alguns casos fruto mesmo da falta de alguma maturidade, ainda a ser perseguida e alcançada.

Dessa feita, dentro das nossas
necessidades está agora uma das maiores: gerar renda.
Traduzindo, fazer com que o fruto do nosso trabalho se transforme também em dinheiro. Falando por mim, assim como um qualquer outro profissional, nós que somos músicos, cantores e compositores, também temos as contas a acertar no fim do mês. Nós também temos que limpar os dentes.

Por isso, dentre as estratégias do grupo que vem se organizando nessa rede no RN, para o segundo semestre esperamos cumprir uma das mais importantes. Vem a ser a formalização da nossa cooperativa. Os esboços preliminares já começam a se materializar, primeiramente com uma etapa preparatória, teórica, a ser ministrada pelo Sebrae/RN, que vem a ser nosso grande parceiro no encaminhamento dessa proposição.

Sem nunca ter sido moleza romper com o estigma do isolacionismo entre os artistas locais, a Rede foi lançada há um ano para driblar as jogadas desfavoráveis causadas pelos inconvenientes de um percurso histórico feito de boas produções na área criativa, mas que atropelado pela falta de credibilidade da própria categoria em sua força.

Um rastro danoso que está fadado a ficar para trás.