Craque.


‘siu! Xii...!!
Não faça muito barulho ...
Aliás, quem me conhece mais de perto, o que é o caso da maioria das pessoas em minha lista (e se esse não for o seu caso, e caso você não queira receber mais a coluna Acesso, basta que responda esta mensagem com ‘me exclua’), sabe que – quase sempre – sou um sujeito discreto, mais em busca da simplicidade que de quaisquer outros artifícios superficiais, mas que também não dispensa uma boa comunicação.

Que é basicamente o propósito desta minha coluna eletrônica, que vem procurando dar conta da continuidade do trabalho iniciado em 1996 no Jornal de Natal e a partir de 1999 (até 2002) no Jornal de Hoje, antes chamada ‘A Cena’, e publicada com periodicidade semanal durante aquele tempo.

Não chega a ser o caso aqui. Também ando um pouco mais ocupado que naqueles anos, ou ao menos mais dividido entre tantos outros afazeres, com os quais divido os prazeres de minha vida atual.

Mas venho dando a atenção que posso a esse espaço, que quase sempre está relacionado com minhas atividades, sejam elas na área da música, poesia ou filosofia. Como sabem, política cultural também entrou no meu foco, por duas razões: a estruturação de novas plataformas para a música brasileira (via Funarte, Fórum Nacional de Música, Rede Música Brasil, direito autoral no terceiro milênio, banda larga etc), e a desestruturação desse mesmo setor em Natal/RN, a cidade onde atualmente resido.\

E, se escrevo hoje sobre isso, é que ... ,minha página vem recebendo uma visitação bem razoável para quem não chega a ser exatamente um cara preocupado com ela, marchando já para uma média de um mil acessos mensais, o que não é pouco para um espaço que acaba nem recebendo a atenção devida quando tenho que me ocupar com outros trampos.

Até mesmo outras de minhas produções, como os textos poéticos por ex, vieram perdendo espaço para outras necessidades mais urgentes. Ainda assim, escrevi esses dias esse aqui, que resolvo compartilhar.


CRAQUE

Eu quero um amigo, que aqui comigo
Jogue uma partida de xadrez, meu reis
Que sabe que a lama revira o pó
Que o desfecho dos cavalos é cair no nó
Que saiba o que as formigas pensam quando transam
Quando transitam esfalfadas de suor, pelas ruas
Pelas vielas das favelas entrincheiradas
Entre cheiradas de rapé, pontas, cabeças
Cabaços, abalos nos nervos de aço
Dessa partilha furtiva entre peões
Sem a peia, escudos na linha de morte
Prontos pra mais um tiroteio entre pelotões


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