Nós Frouxos


Vamos arrochá-los?
Estão espalhadas pelo chão nossas pequenas conquistas ...
Precisamos amarrá-las, agarrá-las, tê-las em parte nas nossas mãos ...
Se enganem não. Luta é isso mesmo, travar batalha a batalha mais uma posição.
Pensou que era mais fácil? Não, não. Para alguns, circunstancialmente, pode até ser.
Mas não pra nós. Qualé seu sobrenome?

Então, vamo’ lá!
Pelo que tenho lido, a Secretaria de Cultura do RN vai ser criada.
Já passa da hora, mas antes tarde do que nunca. (A Paraíba vai criar também).
Uma bandeira pela qual o grupo Locau! se empenha em sua função é a da discussão acerca de uma política cultural para as artes potiguares. (claro, naturalmente, feita junto ao corpo artístico do estado).

E dentro desse processo, sem dúvida, a criação, estruturação e manutenção de uma secretaria para o setor cultural é imprescindível. (lógico, mantendo a fundação como um dos seus aparatos, inclusive para flexibilizar burocracias e desdobrar ações).

Mas a existência da nova entidade governamental por si só não é o fim. Sabe-se que no meio desse caminho encontram-se os criadores e produtores, ávidos por um momento histórico em que tanto a parte gestora quanto eles próprios possam desvincular-se dos atrasos causados por demais motivos, e juntos interajam para consolidar uma política de ações que contemplem ambos os lados. Possível?
Vamos ver se.

Enquanto artistas, teremos que nos preparar melhor.
Nos organizar cada vez mais, coesamente. As idéias nunca nos faltaram, porém elas são as mais fáceis. Mais difícil tem sido apresentá-las dentro de um discurso unificado e defendê-las com proposições arquitetadas, planejadas em coerência com nossa realidade. Chega desse tempo de velhos jargões, atrasados e provincianos, dos tipos cansados que ainda nos encontram no bar ou na esquina apenas para um lamentozinho.

Temos que demonstrar mais maturidade, ter certeza dos objetivos comuns, pois afinal políticas públicas são pensadas para atender uma demanda que está além de nossa causa pessoal. Vamos à frente! Paremos de ‘correr atrás’. Nos articulemos em grupos, coletivos, organizações e setores, para nos posicionarmos juntos quando houver necessidade de sermos mais fortes.

Te parece uma tarefa inalcançável? Não é.
Deixemos pra lá esse folclore de que Natal não se une.
Vamos parar com esse negócio e fazer nascer de nossas próprias mãos um movimento mais firme, lincado à atualidade de nossas gerações ativas, sem vexames, sem preconceitos, e sem medos.