Alma de Poeta, o disco


Já em fase final de sua construção, o é difício Alma de Poeta (ou melhor, o condomínio) ... está agora ganhando sua cara. Por que, enfim, após uns meses de intensa obra, meu 2° CD vai já pro forno, ser queimado. Sem sobras. A prensagem do disco, que é resultado de minha participação nesse novo molde do Projeto Pixinguinha (Funarte), fixará 12 canções com textos de diversos nomes da literatura potiguar, além dos bônus. A não ser que não consigamos as autorizações de 2 autores extra-potiguares entre a lista dos que foram musicados. Nos casos, Chico César e Manuel Bandeira. ... Mas ainda estamos tentando.

Gravado entre Natal e Sampa-Santos – como Bossta Nova, o primeiro (de 2006) – este novo trabalho vem me dar a oportunidade de reafirmar minha música perante o público atento, espantando as moscas que sobrevoaram meu antigo disco com parcimoniosa precaução. Ele é resultado de minha participação em edital público, tendo ganhado um prêmio para entregar até o final de outubro o novo disco pronto e realizar dentro do Rio Grande 3 shows autorais. Bem o que gosto. E saliento publicamente minha satisfação com o processo, realizando uma idéia a partir de um mecanismo possibilitado através de ferramentas de acesso e democratização que até bem pouco eram impossíveis a grande parte dos brasileiros.

Em Natal, as gravações ocorreram no estúdio Ícone e receberam as valiosas colaborações de músicos com que venho trabalhando dentro de outros projetos paralelos, como a Raul Seixas Banda Clube, entre estes Samir Bilro (guitarras) e Jackson Silva (bateria). Teve também as participações de gente importante pra mim, como Fátima Oliveira e Serginho Gruve, Mazinho Viana etc. Já em Sampa, contei mais uma vez com a destreza apurada e técnica de meu irmão Lula, além de Zezinho Pitôco, Jorge Peña ... E uma récita de meu poeta imoral adorado, Celso de Alencar.

Por ora, são as mix que me ocupam. De uma maneira sem limite. Pois é aqui que um disco se define, e você pode pôr tudo a perder, caso não saiba exatamente o que querer nessa hora. O nome por trás dessa função assina pelo Studium Produções e atende como Jota Marciano, já um antigo parceiro responsável pelas primeiras experiências da banda dOs Quatro (o grupo onde atuei na década de 90) em estúdios de gravação profissionais.

Outras etapas ainda relacionadas com isso de aprontar um cedê é o projeto gráfico, que está nas mãos de Wal Jr, em fase de finalização. O encarte contém as letras dos 12 textos cantados, além dos dados de praxe e uma ou outra foto, só para ilustrar alguns traços desse singelo ofício de cantar e tocar. Falando nisso, os shows estão sendo agendados para ocorrerem entre a última semana de setembro e a primeira quinzena de outubro, em locais públicos da grande Natal. E sem cobrança de ingressos.

Estou esperando a hora, na gana de estrear o concerto-recital ‘Alma de Poeta’, com o qual apresentarei o resultado de toda a minha participação dentro do Pixinguinha. Sei que o projeto ainda é um dos únicos que merecem respeito dentro da atual fase da música popular brasileira e estou me esforçando para corresponder à sua importância.

Acompanhe! [x]


voltar ao início